domingo, 11 de abril de 2010

Granuloma

Um granuloma é a formação de uma estrutura microscópica específica que se assemelha a um grânulo. Seu achado é facilitador do diagnóstico por ser específico de certas doenças crônicas, apesar de no início imaginava-se ser característico apenas da tuberculose. Outras doenças também formam granulomas como hanseníase, esquistossomose, sífilis, sarcoidose, doença da arranhadura de gato, algumas auto-imunes, dentre outras. Seu centro pode ser preenchido por necrose caseosa, como é no caso da tuberculose. Além disso o granuloma é composto por macrófagos, células epitelióides, células gigantes e cercado por linfócitos T e, em alguns casos por plasmócitos também. Aqueles mais antigos desevolvem uma cápsula de fibroblastos e tecido conjuntivo. Há dois tipos de granulomas que se diferem quanto a patogenia: os epitelióides e os de corpo estranho.


Os granulomas epitelióides, ou granulomas imunes, são característicos de partículas insolúveis, tipicamente microorganismos que são capazes de induzir uma resposta imune. Os macrófagos fagocitam tais agentes e apresentam antígenos aos linfócitos T. Servem para impedir a disseminação destes agentes e apresentam célula gigante do tipo Langhans. Pessoas imunocomprometidas são incapazes de formar tais granulomas, alastrando assim a doença, tendo um pior prognóstico.´


Os granulomas de corpos estranhos são classicamente causados por algum corpo estranho relativamente inerte, como suturas, e ganham sua característica devido ao fato do agente agressor ser grande demais para ser fagocitado por um único macrófago. Há menor quantidade de células epitelióides e as células gigante são do tipo Corpo Estranho.


No organismo, o óxido nítrico e sintetizado a partir da arginina e do oxigénio, pela enzima sintase do óxido nítrico (NOS).

O endotélio (a fina camada de células mais interna dos vasos sanguíneos) usa o óxido nítrico para comandar o relaxamento do músculo liso da parede do vaso, fazendo com que este dilate aumentando assim o fluxo sanguíneo e diminuindo a pressão arterial. Isto explica o uso da nitroglicerina, nitrito de amila e outros derivados no tratamento da doença coronária: estes compostos são convertidos em óxido nítrico (por um processo não muito bem conhecido) que por sua vez dilata as artérias coronárias (vasos sanguíneos na parede do coração) aumentando assim a sua irrigação. O óxido nítrico também desempenha um papel importante na erecção do pénis, e explica o mecanismo do sildenafil ou Viagra, que envolve o mecanismo referido acima com o guanil ciclico (GMP).

Os macrófagos, células do sistema imunitário, produzem óxido nítrico como composto nocivo para bactérias, devido à sua capacidade de formar espécies reactivas de azoto. Mas em certas circunstâncias isto pode trazer efeitos colaterais indesejáveis: uma sepsis generalizada pode levar a uma produção exagerada de óxido nítrico pelos macrófagos, que leva a uma vasodilatação generalizada podendo ser uma das causas da hipotensão (pressão arterial baixa) na sepsis.

O óxido nítrico tem também funções de neurotransmissor entre as células nervosas. Ao contrário dos outros neurotransmissores que funcionam geralmente no sentido da membrana pré-sináptica para a membrama pós-sináptica, o óxido nítrico (NO), por ser uma gás muito solúvel, pode actuar em todas as células adjacentes paracrinamente e autocrinamente, sem ser preciso estar envolvida uma sinapse física. Esta propriedade pensa-se que poderá estar envolvida na formação da memória.

Fibrose

Efeitos Sistêmicos da Inflamação

Dentre os efeitos que se pode visualizar no organismo como um todo, pode-se citar:

  • A febre é o processo mais comum associado à infecção
  • O processo de hipertermia é coordenado pelo hipotálamo envolvendo também o sistema endócrino - reação de fase aguda
  • Endócrino e metabólicos: secreção de proteína de fase aguda pelo fígado ( proteína C reativa -PCR; proteína amilóide A sérica - SAA; proteína amilóide P sérica - SAP; fatores do sistema complemento e do sistema de coagulação). Há aumento da secreção de glicocorticóides e diminuição na liberação de ADH.
  • Autonômico: redireciona o fluxo sangüíneo dos leitos cutâneos para os profundos; aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial bem como redução da sudorese.
  • Comportamentais: Calafrios, tremores, anorexia e sonolência
A elevação da temperatura está associada ao aumento da atividade dos leucócitos dificultando a replicação de microorganismos.,
A IL-1, IL-6, INF e a-TNF penetram o cérebro em locais onde conseguem ser transportados através de barreira hematoencefálica ou mesmo pelo nervo vago onde atuam sobre os vasos do encéfalo estimulando aprodução de PGE, NO ou IL-18 provocando febre.

Leucocitose: 15000-20000 células/mL podendo atingir até 100000 cél/mm. As elevações extremas podem indicar uma reação leucemóide. A maioria das infecções bacterianas causa neutrofilia mas deve-se estar atento para algumas exceções: caxumba, mononucleose infecciosa e rubéola causam linfocitose. A infecção por parasitas ou asma brônquica freqüentemente se apresenta por eosinofilia. As infecções de curta duração podem estar associadas a leucopenia como se observa na febre tifóide e em infecções virais causadas por riquétsias e também por certos protozoários.

Sistema Complemento





O sistema complemento (SC) é o principal mediador humoral do processo inflamatório junto aos anticorpos. É constituído por um conjunto de proteínas, tanto solúveis no plasma como expressas na membrana celular, e é ativado por diversos mecanismos por três vias, a clássica, a alternativa e a das lectinas. Cada uma delas é ativada por fatores diferentes. Nos mamíferos, o SC tem um papel importante nos mecanismos de defesa inatos e adquiridos. Trata-se de um sistema antigo de defesa. As proteínas do SC são sintetizadas principalmente nos hepatócitos e macrófagos/monócitos, além de outros tecidos.

O SC participa dos següintes processos biológicos:

  • Fagocitose
  • Opsonização
  • Quimiotaxia de leucócitos
  • Liberação de histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas de oxigênio pelos leucócitos
  • Vasoconstrição
  • Contração da musculatura lisa
  • Aumento da permeabilidade dos vasos
  • Agregação plaquetária
  • Citólise

Empiema


Células Gigantes

Inflamação Granulomatosa




A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônica, caracterizada
pelo acúmulo local de macrófagos ativados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide. Ocorre em algumas condições imunomediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas. A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve. Um granuloma consiste em um agrupado de macrófagos epitelióides cercados por um colar de leucócitos mononucleares, especialmente linfócitos, e ocasionalmente plasmócitos. Os granulomas podem ser de dois tipos: granuloma de corpo estranho (apresentando células gigantes de corpo estranho) ou granuloma imune.

Inflamação Crônica


A Inflamação Crônica é um processo um pouco mais demorado que a inflamação aguda e ocorre dentro de semanas ou meses e é caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células mononucleares), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização). Pode ser a continuação de uma reação aguda, mas muitas vezes, acontece de maneira insidiosa, como uma reação pouco intensa e, freqüentemente assintomática. As células apresentadoras de antígenos, os macrófagos, são ativados para combater esse processo e secretam vários mediadores químicos da inflamação, os quais, se não controlados, podem levar à destruição do tecido lesado e fibrose características desse tipo de inflamação.


Causas:

As principais causas da inflamação crônica são as infecções persistentes, exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endógenos ou exógenos, auto-imunidade e outros.


Destruição Tecidual:

A destruição tecidual é uma das características mais marcantes da inflamação crônica. Outras substâncias podem contribuir para isso, além das produzidas pelos macrófagos. As próprias células necróticas do tecido inflamado podem iniciar a cascata inflamatória, ativando o sistema das cininas, coagulação e fibrinolítico e liberação de mediadores pelos leucócitos responsivos ao tecido necrótico. Os linfócitos, mastócitos, plasmócitos, eosinófilos e neutrófilos também estão envolvidos nesse processo inflamatório.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Espinha Bífida

Espinha bífida (do latim spina bifida (espinha bifurcada) é uma malformação congênita provocada por um fechamento incompleto do tubo neural embrionário. Pode ser de dois tipos:
  • Espinha bífida oculta: metades dos arcos vertebrais não se desenvolvem e não se fundem. Na maioria das vezes uma só vértebra é afetada, normalmente L5 ou S1. A maioria das pessoas adultas não sabem que possuem esse defeito, pois pode ser indicada somente por uma pequena depressão na pele ou um acúmulo de pêlos no local.
  • Espinha bífida cística: há defeito do fechamento na parte posterior do tubo neural. Pode ser oculto, recoberto por pele normal, ou formar um cisto extracorpóreo, com líquido cefalorraquidiano e meninges em seu interior. É a malformação mais comum, porém na maioria dos casos associada com outros defeitos, como hidrocefalia. Se a malformação contém meninges e líquido cefalorraquidiano chama-se espinha bífida com meningocele. Se contiver medula e/ou raízes de nervos chama-se espinha bífida com meningomielocele. Se a medula permanece aberta chama-se espinha bífida com mielosquise/mielocele.


Inflamação Crônica e Granulosa


Hiperplasia gengival medicamentosa. Devido à agressão na gengiva por agente químico (no caso, medicação anticonvulsivante), instala-se um processo inflamatório produtivo, clinicamente observado pelo aumento de volume generalizado por toda a gengiva. Além do medicamento, a placa bacteriana também contribui para o processo inflamatório.

Doenças Inflamatórias Intestinais

O QUE SÃO?

Denominam-se Doenças Inflamatórias Intestinais um grupo de distúrbios inflamatórios crônicos envolvendo os intestinos delgado e grosso, representadas pela Retocolite Ulcerativa, Doença de Crohn e pelas Colites Indeterminadas, que são formas que apresentam sinais e sintomas que podem ser comuns entre estas duas doenças. A Retocolite Ulcerativa e a doença de Crohn são doenças, as quais apresentam relatos de sua ocorrência desde o Século XIX. Os relatos históricos mostram que, após a década de 30, ocorreu um sensível aumento do número de casos relatados a nível mundial, sendo que as duas doenças apresentam na atualidade uma freqüência semelhante, com incidência aproximada de até 20 por 100.000 habitantes. Regiões que apresentam uma elevada incidência de Retocolite Ulcerativa também têm uma alta incidência de doença de Crohn. Existe uma tendência de ocorrência familiar e racial na Doença Inflamatória Intestinal, possibilitando a afirmativa da importância do fator genético, sendo que uma história familiar de doença de Crohn está associada a um aumento tanto para a doença de Crohn como para a Retocolite Ulcerativa e vice versa. Determinados perfis de personalidade também podem relacionar-se com o aparecimento destas doenças.

Admite-se que o fumo constitui um fator ambiental que tem sido consistentemente associada a um menor risco de Retocolite Ulcerativa e um maior risco de doença de Crohn. A relação da ocorrência destas doenças com o estado sócio-econômico, as atividades físicas, a dieta e os anticoncepcionais orais foram propostos, mas os resultados dos diversos estudos são inconsistentes. Podem ocorrer em ambos os sexos, todas as raças e qualquer faixa etária, porém geralmente em jovens.

Alguns estudos tem proposto que ocorrências nos primeiros anos de vida de situações como infecções graves, maus hábitos de higiene estão associados com o aparecimento destas doenças.

COMO SE MANIFESTAM?

A Retocolite Ulcerativa é uma doença crônica, com característica de ser recorrente, localizada no intestino grosso (cólon), que é a porção terminal do intestino, com aproximadamente noventa centímetros de comprimento que inicia-se na porção inferior direita do abdome (cólon ascendente), terminando no reto. Esta estrutura do intestino tem como uma de suas funções, a de desidratar as fezes, e a outra,é a de armazenar fezes já formadas até o momento da evacuação. Quando a Retocolite Ulcerativa afeta o cólon, há no revestimento interno do intestino inflamação em algum segmento e formação de úlceras. A doença pode envolver todo o cólon ou somente parte, como no reto, ou mais correntemente, alguma área localizada entre eles. A Colite Ulcerativa caracteriza-se por uma reação inflamatória que envolve sobretudo a mucosa do intestino grosso. Esta doença inflamatória crônica e ulcerativa da mucosa do intestino grosso quase sempre começa no reto. Quando está ativa, a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias de fases aguda e crônica. A musculatura intestinal pode estar danificada, levando ao que se chama de megacólon (dilatação importante do intestino grosso).

Seus principais sintomas são: diarréia sanguinolenta e dor abdominal, esses sintomas são freqüentemente acompanhados por febre e perda de peso. O paciente grave queixa-se de cólicas fortes e demonstra sinais e sintomas de desidratação, anemia, febre e perda de peso. Diante de comprometimento predominantemente retal, pode ocorrer em vez de diarréia, constipação. As manifestações fora do intestino são artrite, alterações cutâneas ou evidências de doenças no fígado; pode ser um fator predisponente para câncer de intestino grosso. A deficiência de ferro pode ocorrer decorrente da perda crônica de sangue. Certas anormalidades dos eletrólitos, sobretudo baixo nível de potássio sanguineo (hipopotassemia), refletem o grau de diarréia. A perda de proteína para o lúmem, através da mucosa ulcerada, pode levar a hipoalbuminemia.

A doença de Crohn e a colite ulcerativa afetam principalmente os intestinos, resultando em dor, diarréia severa, hemorragia intestinal, perda de peso e febre. A Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa afetam igualmente ambos os sexos. São mais comuns em indivíduos brancos que em negros ou asiáticos; com maior incidência em judeus. Podem ocorrer em todas as faixas etárias, no entanto, costumam aparecer entre os 15 e 35 anos de idade.

Os intestinos delgado e grosso são fundamentais para a digestão e absorção de nutrientes, auxiliado por de secreções vindas do fígado, pâncreas e intestino delgado que ocorre o prolongamento da digestão no duodeno e jejuno, antes já iniciada na boca e estômago. A absorção ocorre primariamente no jejuno; sendo que algumas substâncias são absorvidas no íleo terminal, como é o caso das gorduras, sais biliares e vitamina B12. O Intestino grosso, ou cólon, é o responsável por absorver água e excretar massa fecal. A Doença de Crohn caracteriza-se por inflamação crônica que se estende por todas as camadas da parede intestinal. Envolve predominantemente a parte distal do intestino delgado (íleo). Um quadro inflamatório semelhante pode ocorrer no intestino grosso (cólon) isoladamente ou com acometimento concomitante do intestino delgado. A Doença de Crohn localizada em segmentos do íleo também é conhecida como Enterite Regional.

Este distúrbio tanto pode desaparecer eventualmente, apresentando um curso benigno, quanto pode levar a complicações graves, como obstrução intestinal ou formação de fístula. Suas principais manifestações clínicas são: febre, dor ou cólica abdominal, fadiga generalizada, diarréia por período de tempo prolongado ou recorrente, anorexia e perda de peso. Pode haver anemia causada pela perda de sangue oculto, pelo efeito da inflamação crônica sobre a medula óssea ou pela má absorção de folato e vitamina B12. Outras manifestações não relacionadas com o aparelho digestivo podem ocorrer, como artrite, conjuntivite, uveíte, lesões na pele.

Nos casos de doença de Crohn, a diarréia pode resultar de malabsorção de sais biliares, área da superfície intestinal inadequada, tratamento fistulosos ou crescimento bacteriano excessivo. Em relação a consistência das fezes, quando estas se apresentam aquosas e soltas sugerem o envolvimento ileal, enquanto a incontinência, urgência ou sangramento retal (o que é mais comum na Colite Ulcerativa) sugerem envolvimento do intestino grosso. Os casos que apresentam diarréia importante, podem acontecer anormalidades dos sais do organismo, os eletrólitos (hipopotassemia, hipomagnesemia). A hipocalcemia (baixos níveis de cálcio sangüíneo) pode refletir extenso envolvimento da mucosa e má absorção de vitamina D. A má absorção de aminoácidos, bem como uma enteropatia perdedora de proteína podem levar a diminuição da síntese protéica, com baixos níveis plasmáticos de albumina. Esteatorréia pode acontecer decorrente da depleção de sais biliares e da lesão da mucosa.

CAUSAS

A causa básica destas doença é ainda desconhecida, muito embora pesquisadores acreditam que pode ser um defeito no sistema imunológico, em que os anticorpos do próprio organismo ataquem o cólon. Outros especulam que um microorganismo não identificado seja responsável pela doença. Muito provavelmente, a combinação desses fatores, incluindo hereditariedade, podem estar envolvidos na causa. Pesquisadores já estabeleceram desenvolveram o primeiro perfil genético para a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, dois tipos de doenças inflamatórias do intestino. Segundo estes, alguns dos genes identificados devem estar envolvidos em eventos primários, causando as doenças diretamente, enquanto outros são importantes na determinação da evolução da doença. Esta caracterização genética poderá auxiliar os médicos a diagnosticar mais especificamente pacientes que permanecem na categoria inespecífica de "Colite indeterminada".

Muitos estudos já demonstraram taxas aumentadas de câncer de cólon em pacientes com RCU e a superexpressão de vários genes de câncer fortalece o elo entre a doença e o câncer de cólon. A expressão aumentada de genes anti-germes em casos de DC, e mesmo em casos de RCU, aumenta a suspeita de que micróbios têm importante papel para o início da condição.

Estes distúrbios quase sempre possuem origem desconhecida. Fatores ambientais, genéticos, alimentares, imunológicos, infecciosos e até raciais tem sido investigados como seus possíveis causadores. Já se sabe que fatores psicológicos são provavelmente não primários, mas podem estar envolvidos também em sua etiologia.

Outros fatores, relacionados com a ingestão alimentar, sugerem que altos níveis de ingestão de proteína animal e ácidos graxos poliinsaturados, reduzida ingestão de ácidos graxos ômega-3 e ausência de fibras dietética possam ser aspectos que levam ao desenvolvimento destas doenças.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é suspeitado pelos sintomas e evolução clínica recorrente dos mesmos. Um exame com endoscopia (colonoscopia, retosigmoidoscopia) é sempre necessário, pos fornece detalhes característicos destas doenças. A Tomografia Computadorizada e o Raios-X do intestino também podem fornecer importantes elementos diagnósticos. Eventualmente a biópsia se fará necessária para melhores esclarecimentos.

domingo, 4 de abril de 2010

Paroníquia



A paroníquia é uma infecção localizada em torno da borda da unha de um dedo da mão ou do pé. A infecção freqüentemente se inicia em decorrência de uma ruptura, laceração ou insisão da pele causada por uma ação muito traumática da manicure ou por uma irritação crônica. Como a área da unha possui muito pouco espaço para se expandir, a infecção tende a ser muito dolorosa. Ao contrário da maioria das outras infecções cutâneas, a paroníquia pode ser causada por muitas bactérias diferentes (incluindo a pseudomonas e o proteus) e por fungos (p.ex., candida).


Tratamento:

As compressas quentes e os banhos com água morna ajudam a aliviar a dor e, freqüentemente, facilitam a drenagem do pus. Os banhos com água morna também aumentam a circulação sangüínea, a qual, por sua vez, ajuda no combate da infecção. Algumas vezes, o médico drena a infecção realizando uma pequena incisão na bolsa de infecção (abscesso) com o auxílio de um bisturi. As infecções que podem ser drenadas adequadamente podem não necessitar de antibioticoterapia. Quando a infecção parece estar se disseminando, o médico pode prescrever antibióticos orais. Quando a paroníquia é causada por um fungo, além do banho com água morna, o médico drena a infecção e prescreve um creme antifúngico contendo cetoconazol, ciclopirox ou miconazol. Nos casos graves, um medicamento antifúngico oral é prescrito.

Celulite



Celulite é uma infecção disseminada das camadas mais profundas da pele, e algumas vezes, atinge os tecidos localizados abaixo delas. Mais freqüentemente, a celulite ocorre como conseqüência de uma infecção estreptocócica ou, sobretudo após uma lesão de uma infecção estafilocócica. Contudo, muitas outras bactérias podem causar a celulite, especialmente após mordidas de seres humanos ou animais, ou após lesões produzidas na água. A infecção é mais comum nos membros inferiores e, freqüentemente, inicia com uma alteração cutânea causada por uma pequena lesão, uma úlcera ou uma infecção fúngica entre os dedos dos pés. A celulite causa inflamação, dor, calor e hiperemia. Algumas áreas podem apresentar aspecto de equimose e podem apresentar pequenas bolhas. Os sintomas da infecção podem incluir febre, calafrios, cefaléia e complicações mais graves (p.ex., confusão mental, hipotensão arterial e aumento da freqüência cardíaca). Geralmente, o diagnóstico da celulite é fácil de ser estabelecido, mas a identificação da bactéria responsável pela infecção é uma tarefa mais difícil. Geralmente, o médico coleta uma amostra de sangue ( e, às vezes, amostra da pele), enviando o material ao laboratório para a realização de cultura e identificação da bactéria.


Tratamento:

O tratamento imediato pode evitar que a infecção se dissemine rapidamente e atinja o sangue e outros órgãos. Freqüentemente, a celulite é tratada com penicilina ou uma droga do tipo da penicilina (p.ex., dicloxacilina). Os indivíduos com celulite leve podem utilizar antibióticos orais. Os indivíduos idosos e aqueles com uma celulite que se dissemina rapidamente, com febre alta ou qualquer outro sinal de infecção grave comumente recebem uma injeção de antibiótico antes de iniciar o tratamento com antibióticos orais. Quando houver infecção dos membros inferiores, estes devem ser mantidos elevados e devem ser realizados curativos com panos úmidos e frios. A aplicação de compressas úmidas e frias aliviam o desconforto e reduzem a inflamação. Quando a celulite retorna, é provável que exista uma condição subjacente que predispõe o indivíduo a apresentá-la e esta deve ser também tratada.

Eritroblastose Fetal


A eritroblastose fetal, também chamada de doença hemolítica perinatal, é resultante da incompatibilidade sangüínea entre mãe e filho. A doença ocorre quando o organismo materno, através do seu sistema imunológico, produz anticorpos específicos contra os glóbulos vermelhos do sangue do feto. As hemácias acabam sendo destruídas e, por isso o feto pode ficar anêmico. Quando a mãe é Rh negativa, ela tem o organismo sensibilizado para produzir anticorpos contra o fator Rh positivo do feto. A sensibilização materna, com produção de anticorpos anti-Rh, é feita logo que ela entra em contato com sangue Rh positivo. Este contato pode acontecer por transfusões sangüíneas incompatíveis feitas antes da gravidez, gestações anteriores de fetos Rh-positivos e, mais raramente, durante a primeira gravidez de um feto Rh-positivo. Os anticorpos maternos, que passam para o organismo fetal através da placenta, se fixam nas hemácias e as levam à destruição. De acordo com o grau dessa destruição, o feto vai se tornando anêmico, condicionando quadros clínicos diferentes. A doença pode variar do excesso do pigmento biliar no sangue até o aumento do fígado, baço, placenta, acúmulo de líquido no abdome, tórax, coração e pele e pode levar à morte fetal.

Diagnóstico:

A doença pode ser diagnosticada durante o acompanhamento médico pré-natal. A partir da história clínica da paciente, somada ao exame físico e exames complementares, como o teste de Coombs indireto e a ultra-sonografia, o médico identifica a doença. O teste de Coombs indireto é a pesquisa de anticorpos anti-Rh no sangue materno. Se o resultado for positivo, indica que a mãe tem os anticorpos, ou seja, é isoimunizada e tem grandes chances de desenvolver a doença nessa gestação se o feto for Rh positivo. A ultra-sonografia avalia o quanto o feto está atingido pela doença e mostra se há a necessidade de outros exames intra-uterinos, como a amniocentese e a cordocentese. A amniocentese é a colheita do líquido amniótico, usado para se presumir o grau de anemia fetal. A cordocentese é utilizada nos casos graves de anemia e consiste na colheita de sangue fetal pelo cordão umbilical, o que permite uma avaliação direta da anemia e do tipo sangüíneo do feto.

Tratamento:

O tratamento da eritroblastose fetal é, basicamente, a transfusão sangüínea fetal intra-uterina e/ou extra-uterina no recém nascido. Cada um desses métodos tem sua indicação clínica específica e pode ou não interromper a gestação. Não existe tratamento para a mulher isoimunizada, somente a prevenção.




Abscesso


Os abscessos são coleções de pus geralmente causadas por infecções bacterianas. As bactérias que invadem o corpo são atacadas pelos leucócitos e as células mortas nesse combate terminam formando o pus. Os abscessos são bastante comuns em diabéticos, por isso pessoas com abscessos recorrentes ou dificuldade de cicatrização devem fazer exames de sangue para pesquisar essa doença. Abscesso é um processo inflamatório agudo com acumulação de pus em alguma parte do corpo, seja interna ou externamente. As principais manifestações de um abscesso são vermelhidão, edemas, e dor no local. Estes sintomas pioram à medida em que o abscesso destende a área e procura romper através da pele. A dor decorre da pressão do pus sobre terminações nervosas e o desconforto é aliviado quando o abscesso se rompe ou é drenado. Os abscessos internos geralmente se acompanham de febre, dor local e desânimo. Podem ocorrer ao redor de um dente, na mama, nos ossos, no fígado, na vagina, no apêndice ou na área anal.

Abscesso Frio

Existe um tipo de abscesso chamado "abscesso frio" , que se forma lentamente, sem dor, vermelhidão ou calor, e pode aparecer em qualquer lugar do corpo, sendo mais comum na coluna, nos quadris, nos gânglios ou na região genital. Diagnosticar um abscesso frio é importante pois em geral essas lesões são causadas por infecção pelo bacilo da tuberculose.

Tratamento:

O objetivo do tratamento de um abscesso é facilitar a drenagem da infecção na pele. O tratamento domiciliar mais comum é a aplicação local de calor, mas o calor aplicado sobre o abscesso torna os tecidos vizinhos mais propícios a se infectarem. Analgésicos como o paracetamol podem ser utilizados para reduzir o desconforto. A área inflamada deve permanecer em repouso, cobrindo-a com um curativo seco quando o abscesso começar a drenar sua secreção pela pele. Alguns abscessos precisam ser drenados cirurgicamente.